segunda-feira, 18 de maio de 2009

Dr House – a série - comete uma gafe em relação ao Rio.


O Rio de Janeiro apareceu mais uma vez como cenário de uma série de TV americana. No 20º episódio da quinta temporada de House, a cidade tem uma participação que, apesar de pequena, mostra que o desconhecimento dos americanos sobre o Rio continua em alta. A série, conhecida por mostrar casos de difícil diagnóstico com base científica, cometeu uma gafe. Como é comum em outros episódios o famoso Dr House sempre acerta a hipótese diagnóstica, apesar de em sua obstinada – talvez doentia mania de ser – não antes porem de errar bastante, prescrever medicamentos que levam a complicações graves em seus pacientes e outras falhas grotescas.
No episódio "Simples Assim", exibido no Brasil pela TV a cabo, mostra o drama de uma paciente que morre depois de contrair Leishmaniose visceral, quando visitava o Rio de Janeiro. Como a série é calcada em diagnósticos e tratamentos com bases científicas, a equipe de assessoramento médico cometeu uma grande gafe, não só em relação à doença (seus sinais e sintomas), mas também quanto à forma de contágio da mesma.
A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun, é uma doença causada pelo protozoário tripanossomatídeo Leishmania chagasi. É transmitida por vetores da espécie Lutzomia longipalpis e L. cruzi; mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico (ex: galinheiros). Suas fêmeas se alimentam de sangue, preferencialmente ao fim da tarde, para o desenvolvimento de seus ovos.

Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los. Em região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais; no ambiente urbano, os cães fazem esse papel. Quanto a este fato, podemos entendê-lo ao considerarmos a proximidade que estes animais têm com a nossa espécie e que nem todos, quando infectados, apresentam os sinais da doença (emagrecimento, perda de pelos e lesões na pele).

Indivíduos humanos apresentam febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez como sintomas. Fígado e baço podem ter seu tamanho aumentado, já que a doença acomete estes órgãos, podendo atingir também a medula óssea. O período de incubação é muito variável: entre dez dias e dois anos.

Doenças endêmicas em 62 países, no Brasil são registrados cerca de 3000 casos por ano, sendo que mais de 5% destes vão a óbito, cerca de um ou dois anos após o surgimento dos sintomas: grande parte em razão da falta de tratamento.

Para diagnóstico, exame de sangue para análise de anticorpos específicos, punção - com inoculação do material em cobaias - ou biópsia dos possíveis órgãos afetados são as principais formas de confirmar a presença do patógeno. O tratamento é feito com fármacos específicos, distribuídos pelo governo em hospitais de referência.

Medidas de prevenção e controle ainda não foram capazes de impedir a ocorrência de novos surtos do calazar. Entretanto, usar repelentes quando estiver em região com casos de leishmaniose visceral e armazenar adequadamente o lixo orgânico (a fim de evitar a ação do mosquito), além de não utilizar agulhas utilizadas por terceiros, são medidas individuais que diminuem a probabilidade de ser contaminado. O tratamento das pessoas doentes e eutanásia dos cães contaminados são outras importantes formas para evitar a leishmaniose visceral.
Apesar de ocorrer no mundo todo, tem maior incidência em áreas próximas a florestas. No Brasil, ano passado, foram registrados 3.303 casos. Nenhum deles no Estado do Rio de Janeiro.
Por Aroldo Moraes Junior – 18/05/2009 sobre notícia publicada – Jornal O Globo em 15/05/09.
Texto traduzido e enviado para Washginton Post, The New York Times e Herald Tribune. Para que seja restabelecida a verdade dos fatos.

Auditoria in loco: caminho para um melhor faturamento

O distanciamento entre o uso de materiais, o faturamento e o recebimento é uma realidade nos hospitais
A dificuldade dos hospitais entenderem o manual do intercâmbio e dos contratos diretos fez com que a Unimed Brasília desenvolvesse a Auditoria In Loco. De acordo com o superintendente de Recursos Próprios da Unimed Brasília, Robson Parpinelli, o distanciamento entre o uso de materiais, o faturamento e o recebimento é uma realidade nos hospitais brasileiros.
"Os gastos com materiais são perdas, afinal você usou, não faturou e não tem nem idéia se vai receber por isso", comenta Parpinelli.
Em 2007, após a consolidação da informatização e controle, a Unimed Brasília contabilizou a perda de 3% do faturamento, ou o mesmo que R$ 77 mil/mês. "Era muito dinheiro, muito mesmo. Para nós, R$0,01 é muito dinheiro", exclama.
Em 2008, essa perda se manteve em média de 0,5%. "Isso representou um total de R$ 778 mil em redução de perda, ao longo do ano. Se falarmos, também, em gastos com folha pessoal, a Unimed Brasília teve uma economia de R$1 milhão com estes dois processos".
Ao optar por planejar uma Auditoria In Loco, a cooperadora definiu quais as ferramentas seriam utilizadas e avaliou e reescreveu os processos. "Essa avaliação é a principal de qualquer projeto. E mais, também é necessário que se invista em capacitação e reavalie os resultados obtidos".
Em meio às atividades planejadas, Parpinelli destaca a interface entre os setores e a educação continuada. "Não adianta cada um seguir para um lado, o trabalho deve ser realizado em conjunto, todos devem ‘remar" para o mesmo sentido. São muito importantes que não se desvirtue as ações do hospital de uma ação médica. "O médico tem que ser um colaborador", ressalta.
A Auditoria In Loco tem feito com que a Unimed Brasília fature 80% em seus dois hospitais com uma média de 72 horas após alta, os outros 20% em até oito dias após alta. "A Auditoria também nos permitiu reduzir 30% da equipe pré-faturamento, e a conscientização das equipes de enfermagem e farmácia sobre a necessidade do trabalho in loco, e consequentemente, a redução da glosa", explica o superintendente.
Parpinelli indica a mudança cultural como a principal dificuldade da Auditoria. Para ele, o mais difícil foi desenvolver o projeto sem parar o funcionamento do hospital.
Mas, segundo o executivo, a Auditoria ainda tem algumas pendências existentes. "A falta de conscientização dos médicos assistenciais da necessidade de cumprimento dos cronogramas internos é um sério problema. Isso é essencial para se reduzir ainda mais as glosas. Outra pendência importante é a alocação eletrônica de medicamentos, e a conclusão do prontuário eletrônico", finaliza.

por Thaia Duo -07/05/2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Médicos são multados por letra ilegível

Clínicos gerais foram punidos no Paraná depois de prescreverem remédios de tarja preto com caligrafia indecifrável
A Vigilância Sanitária de Londrina (PR) multou três médicos por prescreverem medicamentos e tratamentos em receitas com letras ilegíveis.
Cada médico foi autuado em R$ 2.000. Todos têm 15 dias para apresentar defesa, por escrito, à Vigilância Sanitária.
O diretor do órgão na cidade, Rogério Lampe, afirma que as autuações ocorreram após denúncias de farmacêuticos, pacientes e do serviço municipal de saúde.
Foram recolhidas 30 receitas com letras ilegíveis dos médicos, todos clínicos gerais. Nenhum dos três profissionais teve o nome divulgado.
- “Um farmacêutico nos disse que poderiam estar vendendo medicamentos com dosagem diferente”, afirma Lampe.” Por todas as receitas serem referentes a medicamentos controlados, aqueles de tarja preta, dependendo da dose o paciente pode até morrer.”
As multas foram baseadas em artigo de portaria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que determina que “notificação de receita deverá estar preenchida de forma legível.”
Um dos médicos, que só atende pacientes na rede pública, afirmou, em justificativa informal à Vigilância Sanitária, que a letra dele pode ser ilegível ``porque paciente do SUS não sabe ler``.
``Ato antiético``
O diretor da Vigilância Sanitária afirma que, pelo “ato preconceituoso” e “antiético” do médico, vai levar o caso ao CRM (Conselho Regional de Medicina).
Os outros dois médicos, que atendem pacientes da rede pública e privada, segundo Lampe, disseram que entenderam a autuação e que vão melhorar a letra nas prescrições e atender novamente os pacientes prejudicados.
Dependendo da defesa de cada médico, a multa pode aumentar ou diminuir, assim como ser extinta. Se houver reincidência, a multa pode dobrar, e os casos, serem encaminhados ao Ministério Público.
O CRM diz que vai decidir se abre sindicância. “No bom exercício da medicina está preconizada a letra legível do médico. A letra ilegível pode pôr em risco o atendimento dos pacientes”, afirmou Donizetti Berardino Filho, conselheiro do CRM.

Fonte: CÍNTIA ACAYABA - Folha de S.Paulo

sexta-feira, 8 de maio de 2009

México avalia impacto econômico da gripe suína.

Autoridades avaliavam nesta terça-feira o impacto econômico da gripe suína no México, onde a situação parece voltar à normalidade, com o retorno às aulas e a reabertura do comércio. O vírus A H1N1, que já matou 26 pessoas no país (29 segundo a Organização Mundial de Saúde), vai reduzir em "cerca de 0,3%" da riqueza nacional, algo em torno de 2,3 bilhões de dólares, declarou o ministro mexicano das Finanças, Agustin Carstens, ao anunciar um plano de reativação econômica.
O governo prevê lançar um pacote de 2,1 bilhões de dólares, que inclui medidas fiscais de incentivo totalizando 1,3 bilhão, e um fundo para promover o turismo, a terceira fonte de divisas do país. Para as empresas em dificuldades, haverá um total de 380 milhões de dólares em créditos bancários.
O PIB mexicano, que foi de 900 bilhões de dólares em 2008, já estava ameaçado pela queda nos preços do petróleo e a desvalorização do peso, em razão da crise financeira mundial. Na frente médica, o ministro da Saúde, José Angel Cordova, confirmou que a epidemia de gripe suína está cedendo, apesar do registro de 64 novos casos, o que eleva o número total a 840.
A elevação do número de casos confirmados se deve, principalmente, a divulgação de resultados de análises feitas anteriormente. O último caso de óbito confirmado remonta ao dia 29 de abril, destacou Cordova. A maior parte dos óbitos ocorreu na Cidade do México e em seus subúrbios, e as vítimas tinham, na maioria, entre 20 e 39 anos. A epidemia atingiu seu pico entre 23 e 28 de abril
Após uma semana de grande apreensão, a capital mexicana, onde vivem cerca de 20 milhões de habitantes, retoma seu ritmo acelerado, com a volta dos engarrafamentos gigantescos, e a reabertura de bares e restaurantes. - "Estamos voltando lentamente à normalidade", disse hoje o presidente Felipe Calderon, na TV, afirmando que o México protegeu toda a humanidade contra a propagação do novo vírus.
Uma grande operação de limpeza foi realizada em bares, restaurantes, transportes públicos e escolas. "Foi tudo limpo e desinfetado: paredes, pratos, copos, mesas e cadeiras", disse à AFP Lourdes Ramirez, um empregado do restaurante De la Condesa, na capital. As escolas de nível superior retomaram as aulas nesta terça, e o ensino básico volta a funcionar na quinta-feira, mas cinemas, teatros e discotecas ficarão fechados até nova ordem.
O fechamento do comércio, determinado no dia 28 de abril, provocou um prejuízo diário de 100 milhões de dólares para o setor hoteleiro do México, ameaçando o emprego de 450 mil pessoas. A ocupação dos hotéis caiu para 10% na Cidade do México e as praias mexicanas, especialmente na península atlântica do Yucatan, estavam desertas, após o cancelamento de 70% das reservas.
Fonte: CNN Economic Journal