O setor de saúde foi um dos últimos a implementar mais sistematicamente a tecnologia da informação no Brasil. Contudo, nos últimos anos tal setor vem adotando fortemente soluções voltadas à melhoria de processos e ganhos de produtividade, que tem como objetivos centrais melhorar o atendimento aos pacientes e reduzir os custos das instituições.
Soluções capazes de integrar a rede de informações de pacientes, como o Hospital Information System (HIS), ou soluções voltadas ao armazenamento e gerenciamento de imagens como o PACS (Picture Archiving and Communication Systems) e o sistema de gerenciamento do departamento de radiologia – RIS (Radiology Information System) têm sido amplamente desenvolvidas dentro das instituições no Brasil.
Hoje, o mercado de HIS, PACS/RIS movimenta perto de US$ 80 milhões por ano, e promete altas taxas de crescimento para os próximos anos. As empresas fornecedoras de soluções de HIS, tais como MV Sistemas, WPD, Intersystems tem se focado bastante no desenvolvimento de projetos que contemplem redes de hospitais públicos, que integrados com este tipo de solução, ganhariam bastante em termos de produtividade, desde que diminuiria a repetição de exames feita por pacientes que procuram distintos hospitais e centros para tratamento. A integração da rede pública também permitiria aos gestores de saúde pública traçar o perfil epidemiológico de determinada localidade, e com isso melhor traçar políticas voltadas às necessidades daquela população.
Por outro lado, a implementação do PACS, solução fornecida pela Agfa Healthcare, Carestream Health, Philips Medical, GE Healthcare, e outras empresas do mercado de diagnóstico por imagem, permite que laudos de exames sejam feitos e lidos remotamente, o que tende a impulsionar a telemedicina, vertente do setor de saúde bastante insipiente no Brasil, mas que já tem ganhado grande espaço em regiões mais desenvolvidas como Europa e Estados Unidos.
A administração dos hospitais brasileiros está muito mais consciente dos benefícios que a tecnologia da informação pode trazer à saúde, e tende a investir cada vez mais nestas soluções. Hoje, ainda persiste uma restrição financeira bastante significativa, dado o alto investimento inicial na implementação destas soluções. Contudo, uma vez que tais tecnologias tenham maior penetração, os hospitais terão um benchmark, o que os tornará mais confiantes quanto ao retorno certo de tais investimentos.
por Luisa Woge e Tania Mito em Saúde Bussines
Nenhum comentário:
Postar um comentário