quarta-feira, 30 de março de 2011

Grupo Memorial compra Assim Saúde por R$100 milhões


Objetivo é ampliar atuação do grupo no estado do Rio de Janeiro


A operadora carioca Assim Saúde, responsável por cerca de 340 mil vidas foi adquirida pelo Grupo Memorial por R$100 milhões. De acordo com o Grupo Memorial, Aziz Chidid Neto deverá ocupar a presidência das duas instituições.
Segundo o executivo, uma das metas da nova detentora da Assim Saúde é expandir sua atuação dentro do Rio de Janeiro elevando o número de beneficiários da operadora para 500 mil nos próximos dois anos.


Em 2011, o Grupo Memorial já comprou os hospitais Rio Guanabara, em Madureira, Amiu, em Botafogo e a clínica Todos os Santos localizada em Cachambi. O grupo pretende investir em 2011 aproximadamente R$167 milhões na ampliação e publicidade de suas unidades.

Fonte: Jornal O Globo
Foto: Google Imagem

segunda-feira, 28 de março de 2011

União fiscaliza só 2,5% de verbas repassadas para saúde.


Esta triste notícia é do relatório feito pela Controladoria Geral da União, publicado no jornal O Globo de 27 de Março de 2011. Para quem milita no campo da Auditoria em Saúde isto não é uma novidade, mas vamos considerar que o seu dinheiro, tanto quanto o meu, está indo para o imenso ralo do Sistema SUS.

Na reportagem, o articulista nos informa que nos últimos quatro anos a União repassou para os estados e municípios (repasse fundo a fundo, previsto na Lei 8142/90), R$ 159,13 bilhões, mas somente fiscalizou R$ 4 bilhões (2,5%) deste total. Segundo a reportagem, o próprio Ministério da Saúde e depoimentos anônimos, “ninguém lê” os relatórios das auditorias que são feitas.

Os débitos nesta imensa conta chegam a R$ 662,2 milhões.

Com esta ponta de um do imenso iceberg da saúde seria possível o investimento em:

- 1.439 Unidades Básicas de Saúde;

- 24 Unidades de Pronto Atendimento;

- 1.156 Equipes com quatro agentes do PSF;

- 1.21 milhões de pagamento de cesarianas,

- 1,48 milhões de pagamento em cirurgias de hérnia.

É lamentável que a sétima economia mundial não seja capaz de controlar o nosso dinheiro, colocado nas mãos dos gestores da saúde pública. Em minha opinião, o que falta, e muito, é a capacitação de Auditores em Saúde e seu justo reconhecimento pelas três esferas executivas (União, Estados, DF e Municípios), da atividade dos Auditores em Saúde, devidamente prevista no Artigos 15, 16, 17 e 18 da Lei 8080/90. Profissionais, em sua grande maioria sérios e preparados, para tapar os “ralos”, por onde escoam o nosso suado dinheiro. Na área da saúde, todos os dias, os poderes executivos rasgam a nossa Constituição no seu capítulo saúde, bem como todas as Leis e Decretos que a regulamentam o seu funcionamento.
Infelizmente, tudo em nosso país, depende da vontade política destes senhores que nós elegemos, para que algum passo seja dado. E nada muda desde 1923, ano em que o governo começou olhar para a saúde do povo. No entanto, sempre controlando a caixa do dinheiro, e é lógico, com desvios para outros fins.
“Pelo reconhecimento e justa remuneração dos Auditores do SUS”.

É o que bradamos há anos.
Por Aroldo Moraes Junior
Fonte: Jornal O Globo, publicado em 27/03/2011 – páginas 3-4.
Imagem: Google imagem.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O fim de um pesadelo.


Novos testes rastreiam a presença do HPV e antecipam o diagnóstico de câncer no colo do útero em vinte anos


Não há hoje arma mais eficaz na prevenção ao câncer de colo do útero do que o exame anual de papanicolau. Por meio dele, sob as lentes do microscópio, o patologista analisa o formato das células uterinas. Alterações na estrutura celular podem ser o prenúncio de um rumor maligno. Quando ele é descoberto precocemente, a cura é quase certa. De cada 100 testes realizados, no entanto, dez apresentam resultados falsos negativos - ou seja as células tumorais estão lá, mas passam despercebidas. É um índice de falha alto, quando se considera, sobretudo, o elevado número de vítimas do câncer de colo do útero. Todos os anos, 20.000 brasileiras recebem o diagnóstico da doença e 5.000 morrem em decorrência dela. Uma nova geração de testes tem conseguido reduzir a margem de erro para 1%. "Por serem totalmente automatizados, esses exames praticamente eliminam o risco de erro humano", diz o biólogo José Eduardo Levi, da Universidade de São Paulo. Eles conseguem detectar a presença do HPV antes de qualquer modificação na arquitetura das células do colo do útero.

Transmitido principalmente nas relações sexuais, o HPV está associado a 99% dos casos de câncer de colo uterino. Além de indicarem a contaminação, os exames mais modernos são capazes de determinar o tipo de HPV responsável pela infecção (existem cerca de 140 deles) e, com isso, a probabilidade de a paciente vir a desenvolver o tumor maligno. Ao esquadrinharem o material genético do vírus, antecipam o diagnóstico da doença em vinte anos - o método tradicional só é capaz de identificá-la dez anos antes. Pela primeira vez desde o fim da década de 40, quando o papanicolau entrou para a prática médica, surge uma tecnologia tão ou mais eficaz na prevenção ao câncer de colo do útero.

Desde 2009, o exame molecular automatizado do HPV já é usado no sistema público de saúde de vários países da Europa. Em alguns centros médicos da Inglaterra e da Holanda, ele substitui o papanicolau como rotina para a detecção do câncer de colo do útero. Na Finlândia, a mulher pode escolher entre os dois tipos de exame. O primeiro teste a ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é fabricado pelo laboratório Roche e deve chegar ao mercado em maio. Por aqui, a nova tecnologia só estará disponível, a princípio, em clínicas particulares.

Seu custo nem é tão alto: 90 reais, o equivalente ao cobrado hoje pelo papanicolau em laboratórios privados. Para os padrões do Sistema Único de Saúde (SUS), que paga 7 reais pelo exame tradicional, 90 reais representam uma fortuna. A expectativa é que, com a disseminação da técnica, seu preço caia para 10 reais, num processo semelhante ao ocorrido com o teste de HIV, que chegou ao país em 1996 pelo equivalente a 255 reais e hoje custa 20 reais.

De cada 100 mulheres submetidas ao papanicolau, três apresentam alguma lesão celular. Essas pacientes passam então por uma colposcopia, que utiliza uma lente de aumento para localizar a região do colo do útero da qual deve ser retirado o material para biópsia. Em caso de câncer, a área doente é cauterizada ou removida cirurgicamente. Com os novos exames, a lógica de investigação é inversa. Primeiro, procura- se o vírus. O resultado positivo para os tipos mais perigosos de HPV, especialmente os de números 16 e 18 serve de alerta para o ginecologista.

"Na imensa maioria das vezes, o vírus é eliminado naturalmente pelo organismo feminino", diz o oncologista Glauco Baiocchi Neto, do Hospital A.C Camargo, em São Paulo. Se em um ano, o HPV ainda estiver presente, o especialista recorre ao papanicolau para confirmar se as células uterinas foram ou não alteradas pela infecção. O papanicolau portanto, continua imprescindível para a manutenção da saúde feminina. O exame antigo começou a ser desenvolvido na década de 20 pelo médico grego George Papanicolau. Pesquisador da Universidade de Cornell em Nova York, ele estudava a função do colo do útero no ciclo reprodutivo da mulher, quando notou que muitas pacientes apresentavam lesões nas células uterinas. Dez anos depois, Papanicolau associou aquelas alterações ao surgimento do câncer. A relação entre a doença e o HPV só viria a ser estabelecida na década de 70, pelo médico alemão Harald zur Hausen - que, em 2008, ganhou o Nobel de Medicina pela descoberta.

Até recentemente, a infecção pelo HPV era considerada um problema tipicamente feminino. Um artigo publicado em março na revista científica Lancei derrubou essa tese. Ao acompanhar 1.159 homens aparentemente sem nenhum problema de saúde, entre 18 e 70 anos, pesquisadores brasileiros, americanos e mexicanos constataram que 50% dos voluntários estavam contaminados pelo HPV - entre os pacientes masculinos, o risco é de câncer de pênis, um tumor raro.

Fonte: Ministério da Saúde em 15/03/2011.
Foto: Google Imagem

sexta-feira, 11 de março de 2011

Veja a média salarial de profissionais da saúde.

Auditoria é uma das áreas mais bem remuneradas, segundo pesquisa
A Catho Online divulgou a 34ª pesquisa salarial e de benefícios, incluindo profissionais da saúde, com mais de 140 mil respondentes de mais de 18 mil empresas em 3.398 cidades de todo o País. Auditoria é uma das áreas mais bem remuneradas, segundo levantamento.


Para a pesquisa, o profissional responde a um formulário eletrônico contendo questões relacionadas ao seu cargo, sua remuneração, benefícios, região onde trabalha, faturamento da empresa, sexo, idade, escolaridade, idiomas, entre outros dados.

Confira a lista:

ÁREA ESPECÍFICA CARGO MÉDIA SALARIAL BRASIL


Auditoria Gerente R$ 8.817

Médico Auditor Sênior (4 horas/dia) R$ 6.140

Médico Auditor Pleno (4 horas/dia) R$ 5.251

Médico Auditor Júnior (4 horas/dia) R$ 4.363

Enfermeiro Auditor Sênior R$ 3.605

Enfermeiro Auditor Pleno R$ 3.035

Enfermeiro Auditor Júnior R$ 2.164

Assistente R$ 1.200

Auxiliar R$ 998

Enfermagem Enfermeiro R$ 3.053

Técnico em Radiologia R$ 1.817

Técnico de imobilização ortopédica R$ 1.773

Técnico de Enfermagem R$ 1.340

Auxiliar R$ 1.117

Farmacêutico Auditor R$ 3.600

Farmácia Farmacêutico Técnico Responsável Loja R$ 2.464

Assistente R$ 1.116

Auxiliar R$ 1.015

Fisioterapeuta Auditor R$ 3.650

Fisioterapia Fisioterapeuta R$ 2.087

Terapeuta Ocupacional R$ 1.735

Auxiliar R$ 773

Fonoaudiólogo Auditor R$ 3.053

Fonoaudiologia Fonoaudiólogo R$ 1.978

Medicina Cirúrgica Médico (4 horas/dia) R$ 6.963

Médico Anestesista R$ 6.758

Instrumentador Cirúrgico R$ 1.621

Medicina Clínica Coordenador, Supervisor ou Chefe R$ 9.432

Médico (4 horas/dia) R$ 5.889

Técnico R$ 1.493

Auxiliar R$ 865

Nutricionista Auditor R$ 3.035

Nutrição Hospitalar Nutricionista R$ 1.826

Assistente R$ 1.146

Auxiliar R$ 887

Odontologia Dentista Auditor (4 horas/dia) R$ 3.628

Dentista (4 horas/dia) R$ 3.511

Técnico em Prótese Dentária R$ 1.701

Assistente R$ 755

Técnico de Higiene Bucal (THC) R$ 750

Auxiliar R$ 685

Psicologia Clínica/Hospitalar Psicólogo Auditor R$ 3.053

Psicólogo Clínico R$ 2.322

Psicólogo Hospitalar R$ 1.847

Fonte: Saúde Business em 09/03/2011
Foto: Google Imagem

sexta-feira, 4 de março de 2011

Projeto de Lei cria certificação de qualidade para próteses médicas.

Projeto estabelece que o certificado deverá acompanhar o produto, da indústria até o usuário final, e conter informações sobre o fabricante.

A Câmara analisa o Projeto de Lei 116/11, do deputado licenciado Beto Albuquerque (PSB/RS), que cria certificado de qualidade e de garantia para próteses, órteses e outros materiais implantáveis de uso médico. As informações são da Agência Câmara.
O projeto estabelece que o certificado deverá acompanhar o produto - da indústria até o usuário final - e conter informações sobre o fabricante, especificação do material, nome do paciente, número de seu prontuário, data da cirurgia, nome e assinatura do cirurgião responsável.


Casos de fraude

O autor da proposta diz que tem acompanhado casos de fraude envolvendo esses equipamentos. De acordo com ele, são numerosos os pacientes que têm a saúde comprometida por implantes de baixa qualidade, provenientes de fábricas clandestinas, que, no entanto, são pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como se fossem legítimos.

Na avaliação de Albuquerque, a adoção do certificado de qualidade contribuiria para coibir essas práticas criminosas. O deputado argumenta que hoje o sistema de auditoria do SUS não dispõe de meios para "rastrear os materiais implantáveis desde a fábrica até o usuário. Com os certificados, o controle, segundo ele, se tornaria mais eficiente e eventuais fraudes poderiam ser detectadas mais facilmente.

As próteses são aparelhos que substituem membros ou órgãos do corpo humano, como marca-passos, aparelhos auditivos, próteses articulares e dentárias. Já as órteses são aparelhos ou peças que apenas corrigem ou complementam a função de membros ou órgãos, como talas, palmilhas ortopédicas, joelheiras e munhequeiras.

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara em 03/03/2011

Para ver a íntegra do projeto: http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=491070