Foto: Google Imagem
Cerveró não foi preso porque a justiça passou a entendê-lo como bandido. Foi preso porque quebrou um acordo de cavalheiros que existe desde sempre.
Quem aqui assistiu ao filme o lobo de Wall Street e lembra da "última chance" que o Jordan recebeu, antes de se ver realmente processado? A última chance, que dizia: "Cara, vamos acabar com isso. Dissolva tudo, saia do mercado, pare com isso e passe o resto da vida rico".
Todo aquele que está no topo da cadeia tem uma última chance dessas; à exceção dos que roubam aos próprios topo de cadeia, como foi o caso do Madoff. A esse, não há perdão.
Enfim, seguindo: Ao capo da Petrobrás, foi dito: "Pode ir tirar as suas férias, visitar Londres, fique tranquilo. Vamos suportá-lo. Só que, para não dá ruim para a gente, não mexa mais nos teus bens, certo? Já o pegamos fazendo isso e deu uma puta dor de cabeça.
Então, aguente ai tranquilo. O que tivermos que liquidar, iremos. O que tivermos que congelar, iremos. Você tem mais do que precisa para as próximas gerações em contas seguras.
Vamos "dar o exemplo" para o jornal nacional e a veja pararem de pegar nos nossos pés".
O recado foi dado.
Entretanto, o caolho, naquele anseio de achar-se acima da lei, como o deputado que, uma vez pego com a grana na cueca, ainda chama a todos de vagabundos, como se ele possuísse algum direito saco-santo de nunca se ver contestado, Cerveró mexeu mais uma vez em seus bens.
Não deu outra: A mídia caiu em cima e "deu feio", mesmo.
Mordeu a mão de quem o alimenta.
Irritou a quem estava lá em cima. Agora, está sendo preso.
E é assim que o jogo funciona, fora das salas acadêmicas, que explicam apenas como o mundo deveria ser.
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